Empresários são presos por financiar plano do PCC para executar Promotor

Uma operação conjunta deflagrada na manhã desta sexta-feira, 29 de agosto de 2025, em Campinas (SP), resultou na prisão de dois empresários suspeitos de financiar um plano do Primeiro Comando da Capital (PCC) para assassinar o promotor de Justiça Amauri Silveira Filho, do Gaeco. A ação integra desdobramentos da investigação conhecida como Operação Linha Vermelha e foi executada por promotores do Gaeco com apoio do 1º BAEP (Batalhão de Ações Especiais).

Apuração e cumprimento dos mandados

Investigadores dizem que o plano foi identificado a partir de apurações da Operação Linha Vermelha; a tentativa de execução teria sido detectada a partir de inteligência na quarta-feira, 27 de agosto, e os mandados foram cumpridos na sexta, 29 de agosto.

Quem foram detidos e onde foram presos

Os presos foram identificados como Maurício Silveira Zambaldi (conhecido pelo apelido “Dragão”), ligado ao comércio de veículos/motos, e José Ricardo Ramos, atuante no setor de transportes. Segundo reportagens, Maurício foi detido em um condomínio de alto padrão (Alphaville) e José Ricardo no bairro Cambuí, em Campinas. Além dos dois, um terceiro homem foi levado à delegacia durante as diligências.

Como o esquema teria funcionado

De acordo com o Ministério Público e com a apuração jornalística, os empresários teriam custeado a compra de veículos, fornecido armamento e contratado operadores para montar uma emboscada contra o promotor — com o objetivo declarado de interromper as investigações sobre tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa armada que vinham sendo conduzidas pela Linha Vermelha. Há relatos de que o grupo também mirava um comandante da Polícia Militar.

Mandados, autoridades envolvidas e medidas executadas.

O juiz Caio Ventosa Chaves, da 4ª Vara Criminal de Campinas, autorizou o cumprimento de mandados — relatórios apontam três mandados de prisão temporária e quatro mandados de busca e apreensão, devidamente cumpridos pela equipe do Gaeco e pelo 1º BAEP. Durante as operações foram recolhidos celulares, documentos e outros materiais que agora serão periciados.

Provas apreendidas.

As equipes apreenderam diversos aparelhos celulares, documentos e — conforme comunicado das autoridades — uma pistola calibre .380 que pode estar vinculada ao plano de execução. Os itens serão submetidos a perícia técnica e análise de dados para identificar contatos, pagamentos e logística empregada.

Quem seria o mandante: ‘Mijão’

O Ministério Público aponta Sérgio Luiz de Freitas Filho (conhecido como “Mijão”) como um dos articuladores do esquema. Mijão é figura conhecida em investigações sobre o PCC: tem mandados de prisão e é apontado como operador logístico do tráfico, com histórico de atuação na compra e transporte de cocaína a partir da Bolívia — onde, segundo as investigações e registros de inteligência, ele pode estar foragido e mantendo a coordenação de operações transnacionais.

Antecedentes e contexto do promotor alvo

O promotor Amauri Silveira Filho já teria recebido ameaças graves no passado — relatos dos próprios autos indicam episódios registrados em 2013 e 2022, sempre em função de investigações que atingiram integrantes do tráfico e estruturas de apoio. Autoridades do MP estadual já manifestaram apoio institucional ao promotor e afirmaram que o caso será tratado com máxima prioridade.

Próximos passos da investigação

Promotores e polícia apontam que as investigações prosseguem: análise forense dos telefones e documentos apreendidos, rastreamento das possíveis operações financeiras vinculadas aos acusados e busca por outros envolvidos na rede de apoio. A Justiça avaliará pedidos formais (eventual conversão de prisões temporárias em preventivas, pedidos de prisão por outros crimes, quebras de sigilo bancário/telefônico etc.) conforme avanço das provas.

O que se sabe sobre tipificação dos fatos

Na linguagem das investigações, os fatos apurados envolvem indícios de financiamento e facilitação de crime organizado, associação criminosa armada, tráfico de drogas e tentativa de homicídio preliminarmente articulada — crimes que, se confirmados em processo penal, podem resultar em medidas cautelares e em ações penais coordenadas pelo Ministério Público e pela polícia. (As classificações e imputações formais dependem do resultado das diligências e do oferecimento de denúncia pelo MP.)

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