Espuma no rio meia ponte SEMAD e DEMA a investigar poluição em Goiânia

A presença de uma espuma branca no Rio Meia Ponte, observada nesta segunda-feira (25) em Goiânia, mobilizou equipes da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema). O fenômeno foi registrado no trecho abaixo da BR-153, nas proximidades da antiga hidrelétrica do Setor Jaó, ponto onde moradores afirmam já ter presenciado situações semelhantes em períodos de estiagem.

O caso ocorre em um momento delicado para o manancial, que abastece grande parte da Região Metropolitana de Goiânia. Após 56 dias sem chuvas, a vazão do rio caiu para 4.786 litros por segundo, entrando oficialmente no Nível Crítico 1. Técnicos da Semad, da Dema e da Saneago estiveram no local nesta terça-feira (26) para coletar informações e avaliar a gravidade do cenário.

Segundo o delegado titular da Dema, Luziano Carvalho, a apuração busca identificar se a espuma tem origem industrial, domiciliar ou de fontes pontuais de poluição. “Estamos em um período crítico do rio, com baixa vazão e vários lançamentos de efluentes. Precisamos identificar a origem para tomar as medidas adequadas”, destacou.

A Semad confirmou que equipes registraram a presença da espuma e não descartou a possibilidade de que o problema esteja ligado a despejos de efluentes sem tratamento. No entanto, reforçou que apenas a investigação técnica poderá apontar a causa exata.

O órgão também explicou que o atual patamar do rio exige medidas emergenciais, como a manutenção de vazão mínima de 2 mil litros por segundo para garantir o abastecimento público e a redução gradual da vazão remanescente. A bacia hidrográfica do Meia Ponte possui seis níveis de monitoramento: Atenção (12 mil L/s), Alerta (9 mil L/s), Crítico 1 (abaixo de 5 mil L/s) até o Crítico 6, que pode levar a restrições severas de uso.

Apesar da gravidade, a situação de 2025 ainda é menos crítica do que a registrada em anos anteriores. Em 2024, o Nível Crítico 1 foi atingido já em julho, enquanto em 2022 o marco ocorreu em agosto, evidenciando que o rio enfrenta pressões recorrentes a cada período de seca.

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