“Durma com os olhos abertos”: senador americano provoca Maduro

O senador norte-americano Bernie Moreno (Partido Republicano) provocou Nicolás Maduro nesta terça-feira (19) ao afirmar que o ditador venezuelano “deveria dormir com os dois olhos abertos” e sugerir que “alguém na Venezuela ficará US$ 50 milhões mais rico em breve” — numa referência direta à recompensa oferecida pelos Estados Unidos por informações que levem à prisão e condenação do líder chavista. A fala foi publicada por Moreno no X (antigo Twitter) e repercutida pela imprensa.

A mensagem de Moreno respondeu a um post do secretário de Estado do governo Trump, Marco Rubio, que compartilhou um vídeo da Fox News com a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt. No trecho, Leavitt afirma que os EUA estão preparados para “usar todo o poder americano” para levar à Justiça os responsáveis por enviar drogas ao país — um recado direto ao regime de Maduro, classificado por ela como um “cartel do narcoterrorismo” e um “chefe fugitivo” já indiciado por tráfico nos EUA.

O endurecimento de tom ocorre após a ampliação das medidas de pressão de Washington. No dia 7 de agosto, os EUA dobraram o valor da recompensa pela captura de Maduro, que passou de US$ 25 milhões para US$ 50 milhões, segundo comunicados oficiais repercutidos pela imprensa.

No plano militar, a Casa Branca confirmou o envio de três navios e cerca de 4 mil militares para as águas do Caribe, próximas à Venezuela, como parte de uma operação antinarcóticos. A sinalização foi reiterada por Leavitt no vídeo divulgado por Rubio e detalhada por veículos internacionais.

Em resposta à escalada de pressão, Maduro anunciou na segunda-feira (18) a mobilização de 4,5 milhões de integrantes da Milícia Bolivariana, sob o que chamou de “plano de paz”. A medida foi divulgada pela imprensa venezuelana e registrada na cobertura jornalística brasileira.

O episódio adiciona combustível à crise diplomática entre Washington e Caracas. De um lado, o governo Trump reforça a estratégia de sanções, ofertas de recompensa e presença militar para sufocar o aparato de narcotráfico que, segundo os EUA, se confunde com o regime chavista; de outro, Maduro tenta demonstrar base social e capacidade de mobilização interna, ao mesmo tempo em que rejeita as acusações e acusa Washington de “agressão”.

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