O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, negou nesta quinta-feira (18) os pedidos de habeas corpus apresentados pela defesa de familiares e associados de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”. Com isso, a esposa de Antunes, Tânia Carvalho, o filho, Romeu Carvalho Antunes, e a esposa de Maurício Camisotti, Cecília Montalvão, estão obrigados a comparecer à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga o esquema de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
A decisão de Mendonça é vista como um avanço na investigação, que busca esclarecer os fatos ligados ao caso. A medida também reacende o debate sobre as prerrogativas de ex-presidentes e seus familiares, especialmente em casos de investigações envolvendo membros da família presidencial.
A CPMI do INSS, criada em 2025, tem como objetivo apurar o esquema de fraudes que desviou bilhões de reais dos aposentados e pensionistas do INSS por meio de descontos não autorizados em seus benefícios. A comissão já convocou diversos envolvidos e familiares para depor, buscando esclarecer os detalhes do esquema e identificar os responsáveis.
A decisão de Mendonça, ao obrigar os familiares de Antunes a depor, demonstra a intensificação do cerco político e jurídico em torno do caso. A medida também pode ter implicações para outros investigados, à medida que a CPMI avança em suas investigações.
A expectativa é que os depoimentos dos familiares e associados de Antunes tragam novas informações que possam esclarecer o funcionamento do esquema de fraudes e identificar os responsáveis por desviar recursos dos aposentados e pensionistas do INSS. A CPMI continua a trabalhar para garantir que os envolvidos sejam responsabilizados e que os recursos desviados sejam recuperados.
