Kim Kataguiri ironiza prisão de ex-presidente do INSS e diz que “vai abrir um saquê em homenagem”

Durante a sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, realizada nesta quinta-feira (13/11), o deputado Kim Kataguiri (União Brasil-SP) provocou risos e reações no plenário ao ironizar a prisão do ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, anunciando que “abriria um saquê em homenagem” à detenção.

Em tom de sarcasmo, Kataguiri iniciou sua fala discordando do relator da comissão, que havia afirmado que não se deve comemorar prisões.

“Vou começar discordando do relator. Ele disse que não se comemora prisão, mas hoje eu faço questão de abrir um saquê em homenagem à prisão do Stefanutto”, declarou o parlamentar, arrancando risadas dos colegas.

A declaração ocorreu poucas horas após a Polícia Federal prender Stefanutto no âmbito da Operação Sem Desconto, que investiga um esquema de corrupção e fraudes dentro do INSS, envolvendo servidores e possíveis conexões políticas. A nova fase da operação tem como foco o desvio de recursos públicos e irregularidades em contratos e benefícios previdenciários.

Mantendo o tom irônico, Kataguiri ainda brincou convidando o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) para participar da “celebração”, reforçando o clima de provocação política que marcou a reunião da CPMI. Em seguida, o deputado paulista ampliou o alcance de suas críticas, cobrando rigor igual na investigação de parlamentares que, segundo ele, também estariam implicados nas denúncias.

Não podemos tratar os parlamentares com menos dureza que outros investigados. Conto com o apoio da base do governo para convocar o senador Weverton Rocha (PDT-MA), vice-líder do governo Lula, que foi o primeiro citado nas investigações relativas ao INSS e pediu minha prisão por dizer isso”, afirmou.

A fala reacendeu tensões políticas dentro da comissão, especialmente após Kataguiri insistir na necessidade de investigar “o núcleo político” por trás das fraudes — e não apenas os agentes operacionais do esquema. O deputado mencionou o senador maranhense por diversas vezes, provocando reações no plenário e no entorno do governo.

A sessão foi marcada por momentos de confronto verbal e ironias cruzadas entre os parlamentares, refletindo o acirramento entre oposição e base governista nas discussões sobre os desdobramentos da Operação Sem Desconto.

A prisão de Alessandro Stefanutto, que presidiu o INSS até o início de 2024, tornou-se um dos principais temas da CPMI e expôs o embate político sobre a responsabilização de gestores e aliados indicados durante diferentes gestões federais.

Com seu estilo provocador e linguagem afiada, Kim Kataguiri transformou a sessão em palco de embates políticos, unindo humor e crítica para cobrar transparência nas investigações e endurecimento das apurações — inclusive contra figuras com foro privilegiado.

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