Uso de disfarce e violência: polícia traça perfil de suposto serial killer em Rio Verde

Pontos Principais da Matéria

A Polícia Civil investiga se Rildo Soares dos Santos, de 33 anos, preso pela morte de Elisângela Silva de Sousa, 26, em Rio Verde, pode ser um serial killer. O suspeito, que usava uniforme de limpeza urbana como disfarce, já é apontado em pelo menos outros dois feminicídios com o mesmo padrão de violência.

Segundo o delegado Adelson Candeo, as vítimas tinham perfil semelhante: mulheres dependentes químicas, atacadas durante a madrugada em terrenos baldios, com pancadas na cabeça, deixadas sem roupas e com sinais de tentativa de ocultação de cadáver. Além disso, dois desaparecimentos recentes de mulheres estão sob apuração.

“É um indivíduo com ficha criminal no estado de origem. Já recebemos denúncias da Bahia de possíveis crimes de estupro e homicídio”, afirmou Candeo. Após a divulgação da imagem do suspeito, novos relatos chegaram à polícia.

Como ele agia

De acordo com as investigações, Rildo usava o uniforme para circular sem levantar suspeitas. O disfarce lhe permitia abordar vítimas e evitar revistas policiais. Na casa onde morava sozinho, a polícia encontrou bolsas, facas e bonecas, além de outros objetos que levantam suspeitas.

No caso de Elisângela, a jovem foi abordada enquanto caminhava para o trabalho. Câmeras de segurança registraram o momento em que o suspeito a leva até um terreno baldio. A versão apresentada por ele é de que a vítima caiu e bateu a cabeça durante uma luta corporal. No entanto, segundo a polícia, as múltiplas lesões no crânio mostram que ela foi morta com extrema violência.

O corpo foi encontrado parcialmente enterrado e sem a calça, que, segundo o suspeito, foi retirada para dificultar a localização.

Prisão

Rildo foi preso na sexta-feira (12), quando retornou ao local do crime. Ele tentou fugir ao ser reconhecido, mas foi capturado e encaminhado para a Casa de Prisão Provisória (CPP) de Rio Verde.

Ele responde por feminicídio, furto, ocultação de cadáver, tentativa de estupro e latrocínio. A Defensoria Pública de Goiás, responsável por sua defesa, informou que não irá se manifestar sobre o caso.

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