O Secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, intensificou o tom contra o governo brasileiro ao denunciar supostas práticas de censura e detenções arbitrárias conduzidas por autoridades nacionais. Em declarações recentes, Bessent afirmou que o Brasil estaria promovendo “ações opressivas” que ferem direitos fundamentais e podem justificar novas sanções internacionais.
O secretário mencionou diretamente o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, atribuindo-lhe a responsabilidade por uma “estrutura de perseguição política e controle informacional” que, segundo ele, extrapola os limites da soberania nacional e alcança a esfera diplomática.
Bessent destacou que “detenções ilegais” e intervenções autoritárias em nome da lei não serão toleradas pelos Estados Unidos, e alertou que instituições financeiras devem agir com prudência ao manter relações com agentes sob sanção internacional, sob risco de bloqueios ou restrições.
As declarações refletem o aumento da tensão diplomática entre Brasília e Washington, especialmente após a aplicação da Lei Magnitsky, que permite aos EUA punir estrangeiros envolvidos em violações de direitos humanos. O governo americano já teria aplicado medidas de restrição a pessoas próximas ao ministro Moraes, incluindo bloqueio de bens nos EUA e proibição de transações com cidadãos norte-americanos.
Em resposta, o governo brasileiro reagiu com indignação, classificando as ações e declarações do Tesouro norte-americano como “interferência externa” baseada em “inverdades e distorções políticas”.
O episódio marca mais um capítulo da crescente crise diplomática entre os dois países, colocando em pauta temas sensíveis como liberdade de expressão, soberania judicial e influência internacional sobre decisões internas do Brasil.




























