Protestos da “Geração Z” no México deixam ao menos 120 feridos

Pelo menos 120 pessoas ficaram feridas durante uma onda de protestos convocados por jovens da chamada “Geração Z” neste sábado (16/11) na Cidade do México e em outras regiões do país. Segundo autoridades locais, entre os feridos estão cerca de 100 policiais, que atuaram na contenção das manifestações. Os atos, organizados de forma descentralizada, buscaram denunciar a escalada da violência e a corrupção atribuída ao governo da presidente Claudia Sheinbaum.

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O movimento ganhou força após o assassinato do prefeito de Uruapan, Carlos Manzo, ocorrido em 1º de novembro. Conhecido por sua postura rígida contra cartéis de drogas, Manzo tornou-se símbolo de resistência contra o crime organizado, e sua morte foi rapidamente adotada pelos jovens como estopim para protestos nacionais. Nas ruas, cartazes com frases como “Somos todos Carlos Manzo” reforçaram o caráter simbólico da mobilização.

Milhares de manifestantes saíram às ruas na capital e em cidades de diversos estados, exigindo maior segurança pública e respostas contundentes contra organizações criminosas. O clima de tensão aumentou quando parte dos protestantes derrubou grades de proteção instaladas no Palácio Nacional, no Zócalo, sede central do governo mexicano. A ação desencadeou confrontos diretos com as forças policiais.

Para tentar controlar o avanço da multidão, policiais recorreram ao uso de gás lacrimogêneo. As autoridades confirmaram ao menos 20 prisões durante os tumultos, com acusações que incluem roubo, agressão e danos ao patrimônio público. Entre os feridos, ao menos 40 agentes de segurança precisaram de atendimento hospitalar devido à gravidade dos ferimentos.

Em meio ao caos, a presidente Claudia Sheinbaum criticou duramente a mobilização, afirmando que opositores de direita teriam financiado os atos com o objetivo de desestabilizar seu governo. Ela também colocou em dúvida a legitimidade da revolta popular. Em contrapartida, os organizadores do movimento negaram qualquer vínculo partidário e defenderam que os protestos representam uma reação espontânea e urgente contra a violência sistêmica e a persistente impunidade no país.

O episódio evidencia o crescente descontentamento entre jovens mexicanos diante da política de segurança nacional. A atuação da “Geração Z”, cada vez mais presente em manifestações globais, introduz novas estratégias de mobilização, combinando redes sociais, articulação digital e protestos simultâneos em várias regiões. Os acontecimentos de sábado colocam ainda mais pressão sobre o governo Sheinbaum, que enfrenta desafios significativos para conter o avanço do crime organizado e restabelecer confiança entre a população.

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