Enquanto milhares de goianos lidam com as dificuldades diárias, o presidente da Assembleia Legislativa, Bruno Peixoto, parece viver numa realidade paralela. Em vez de priorizar as necessidades da população, autorizou a compra de 42 caminhonetes de luxo, modelo SW4, por nada menos que R$ 15 milhões. Tudo isso enquanto o trabalhador encara ônibus lotado ou carros antigos para se locomover.
E o problema não para aí. A frota anterior, com apenas dois anos de uso, será repassada para prefeituras do interior. Até agora, não há clareza se o contrato de locação — que custa R$ 400 mil mensais — será mantido ou encerrado. Uma movimentação que levanta dúvidas sobre o zelo com os recursos públicos e reforça a sensação de que a gestão virou um balcão de negócios.
Como se não bastasse, Peixoto ainda instituiu um auxílio de R$ 3 mil para chefes de gabinete, sob o argumento de cobrir despesas de viagens. Detalhe: a Assembleia já dispõe de veículos para esse fim. O benefício, portanto, soa como mais um privilégio disfarçado, num momento em que a população clama por responsabilidade e corte de gastos.
Além disso, a atual gestão inchou o número de cargos comissionados e aprovou um adicional de R$ 11,5 mil aos salários dos deputados – um valor “indeclinável” que só aumenta o custo da máquina pública. E, como sempre, quem paga essa conta é o contribuinte, que trabalha duro e pouco vê retorno.
A Assembleia sob comando de Bruno Peixoto parece ter se afastado da missão de representar o povo e optado por privilegiar interesses internos. Se há desejo de recuperar o respeito da sociedade, é preciso dar o exemplo — com responsabilidade, transparência e compromisso com a realidade de quem está lá fora.