O presidente nacional do PRTB, Leonardo Avalanche, confirmou nesta terça-feira (16) que mantém conversas avançadas com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) sobre uma possível candidatura à Presidência da República nas eleições de 2026. A movimentação coloca o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro como um dos nomes centrais no tabuleiro político do próximo pleito.
Segundo Avalanche, o PRTB ofereceu legenda para que Eduardo dispute o cargo máximo do Executivo caso decida deixar o PL, sigla pela qual foi eleito. A indefinição dentro do Partido Liberal quanto ao nome que representará a legenda na corrida presidencial — especialmente após o PL sinalizar apoio ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) — tem ampliado o interesse do PRTB em atrair o deputado e fortalecer sua posição como uma alternativa competitiva no campo conservador.
Uma das novidades em discussão seria a adoção de uma campanha presidencial exclusivamente virtual, algo inédito no Brasil. De acordo com informações de bastidores, Eduardo Bolsonaro vê no ambiente digital um caminho para mobilizar sua base, reduzir custos de campanha e manter um discurso direto com o eleitorado, potencialmente repetindo estratégias bem-sucedidas usadas em 2018, mas em escala ainda maior.
O deputado atualmente reside fora do país, o que não seria um impeditivo legal para sua candidatura, segundo Avalanche, desde que sejam cumpridas as exigências de elegibilidade previstas na Lei Eleitoral — como domicílio eleitoral regular e filiação partidária dentro do prazo estabelecido.


Além de Eduardo, o PRTB também mira outros nomes de peso que estariam insatisfeitos em seus partidos de origem, buscando formar um bloco conservador robusto para 2026. Entre os cotados estão a ex-ministra Damares Alves, o prefeito de Sorocaba Rodrigo Manga, o ex-governador Anthony Garotinho e o empresário Pablo Marçal.


A possível entrada de Eduardo Bolsonaro na disputa pela Presidência sinaliza um cenário de maior fragmentação no campo da direita e promete acirrar a corrida eleitoral. Caso confirme sua candidatura, a aposta em uma campanha 100% digital poderá inaugurar uma nova era no marketing político brasileiro, colocando à prova a capacidade das redes sociais de sustentar uma candidatura competitiva sem a presença massiva nos tradicionais palanques.