O ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes, Eduardo Tagliaferro, foi detido na Itália nesta quarta-feira (1/10) para cumprimento de uma medida cautelar de restrição de circulação. A detenção foi determinada pela Corte de Apelação de Catanzaro, que também ordenou a retenção de seu passaporte e a proibição de deixar o país sem autorização judicial. Após ser notificado sobre o processo de extradição, Tagliaferro foi liberado, mas deve permanecer na cidade onde reside enquanto o caso é analisado.
Tagliaferro é alvo de um pedido de extradição enviado pelo ministro Alexandre de Moraes, após acusações de que ele teria vazado mensagens sigilosas entre servidores do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em agosto, a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Tagliaferro por violação de sigilo funcional e outros crimes relacionados ao vazamento de informações. O Ministério da Justiça brasileiro formalizou o pedido de extradição junto às autoridades italianas em 20 de agosto.
Em vídeo divulgado após o episódio, Tagliaferro afirmou que já está em casa e garantiu: “Foi só um procedimento de informação. Não fui preso.” Sua defesa, representada pelo advogado Eduardo Kuntz, declarou que a detenção foi um ato de notificação formal e que ele entregou documentos voluntariamente, comprometendo-se a não deixar a cidade onde reside.
Tagliaferro explicou que uma audiência deve ocorrer entre sexta e segunda-feira, na qual será interrogado por três magistrados ou por um juiz designado. Ele ressaltou que o processo de extradição é lento e burocrático, podendo durar de sete meses a até dois anos. Sua defesa já está preparando a juntada de peças processuais, e o governo brasileiro deve indicar um representante jurídico para acompanhar o caso.




























