Chanceler alemão diz que jornalistas “ficaram felizes” por deixar Belém

Uma fala do chanceler alemão Friedrich Merz durante o Congresso Alemão do Comércio, no último dia 13 de novembro, gerou forte repercussão no Brasil — especialmente no Pará. Em seu discurso, Merz comparou o Brasil de forma depreciativa à Alemanha ao comentar a experiência de jornalistas alemães que o acompanharam na COP30, realizada em Belém.

Segundo o líder europeu, a Alemanha seria “um dos países mais bonitos do mundo”, ao passo que nenhum jornalista presente na comitiva teria manifestado interesse em permanecer em Belém após o evento climático.


Perguntei a alguns jornalistas que estiveram comigo no Brasil: ‘Quem de vocês gostaria de ficar aqui?’ Ninguém levantou a mão. Todos ficaram contentes por termos retornado à Alemanha, especialmente daquele lugar onde estávamos”, disse Merz.

O pronunciamento foi transcrito e divulgado oficialmente pelo governo alemão, sendo publicado no site e no canal do YouTube do Congresso Alemão do Comércio, organizado pela principal federação do varejo da Alemanha, a Handelsverband Deutschland (HDE). De acordo com a emissora pública Deutsche Welle (DW), a fala surgiu enquanto Merz buscava exaltar as vantagens do ambiente comercial alemão, contrastando-o com a infraestrutura e as condições encontradas no Brasil.

A declaração, no entanto, foi recebida como ofensiva por autoridades paraenses.
O prefeito de Belém, Igor Normando (MDB), divulgou um vídeo em suas redes sociais classificando o comentário do chanceler como “arrogante e preconceituoso”.

O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), também reagiu com ironia:
“Curioso ver quem ajudou a aquecer o planeta estranhar o calor da Amazônia. Um discurso preconceituoso do chanceler alemão.”

As reações abriram um debate que rapidamente se espalhou pelas redes sociais, envolvendo temas como respeito diplomático, visões estereotipadas sobre a Amazônia e o papel do Brasil como anfitrião de um dos eventos climáticos mais relevantes do mundo.

A polêmica acrescenta tensão ao contexto pós-COP30, em um momento em que Belém busca consolidar sua imagem internacional após sediar a conferência.

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