Tensão política se intensifica após pesquisa apontar ampla vantagem de Lula; analistas e opositores questionam credibilidade do processo democrático.
A divulgação de uma nova pesquisa da AtlasIntel, nesta sexta-feira (24), reacendeu o clima de tensão política no país. O levantamento mostra Luiz Inácio Lula da Silva com ampla liderança nas intenções de voto, indicando chances reais de vencer ainda no primeiro turno ou de eleger um sucessor — mesmo diante de um cenário de crise econômica e institucional.
A reação foi imediata, analistas e integrantes da oposição expressaram desconfiança, indignação e ceticismo quanto à credibilidade dos institutos de pesquisa e à condução do processo democrático no Brasil.
Parlamentares, economistas e comunicadores passaram a se manifestar, tanto publicamente quanto nos bastidores, acusando o sistema político-eleitoral de estar sendo moldado para garantir a perpetuação da hegemonia petista no poder.
Segundo essas avaliações, os números divulgados não refletiriam o sentimento real das ruas, mas fariam parte de uma narrativa construída para desmobilizar a oposição e criar a aparência de normalidade institucional.
A leitura crítica se intensifica diante do avanço do Judiciário sobre prerrogativas dos demais Poderes, do alinhamento de parte da imprensa ao governo federal e da ausência de mecanismos de contenção institucional. Nos últimos dias, decisões judiciais envolvendo temas sensíveis e de natureza política reforçaram a percepção de que o país caminha rapidamente para um regime de exceção disfarçado de democracia.
Para observadores, o ambiente atual já configura um cerco institucional às liberdades individuais e um esvaziamento progressivo das garantias constitucionais. Esse cenário, somado à estagnação econômica e à radicalização ideológica crescente, vem alimentando temores sobre a durabilidade do atual arranjo de poder.
Em meio a esse clima de apreensão, o empresário Leandro Ruschel, fundador da Liberta Investimentos, reforçou as críticas em publicação na rede X (antigo Twitter). Segundo ele, “O Brasil caminha rapidamente para a consolidação de um regime totalitário. Diante disso, o caminho natural para qualquer pessoa que ainda valoriza a liberdade é partir.”
A fala ecoa um sentimento compartilhado por parte da sociedade civil e de segmentos do mercado, que veem no atual cenário um processo de erosão das instituições democráticas e de concentração de poder sem precedentes desde a redemocratização.




























