Advogado de Bolsonaro questiona credibilidade de delator e destaca ausência de provas

O advogado de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, Celso Sanchez Vilardi, apresentou nesta quarta-feira (3) sustentação oral no Supremo Tribunal Federal (STF) afirmando que não existem provas concretas contra o ex-presidente no processo que investiga suposta tentativa de golpe de Estado. Segundo Vilardi, o processo se baseia principalmente em depoimentos de delatores e documentos apresentados de forma fragmentada, dificultando a análise completa do caso. A defesa ainda destacou que o prazo concedido para estudo do material, inferior a quinze dias, é insuficiente para garantir o contraditório e a ampla defesa.

Durante a sustentação, o advogado atacou o delator tenente-coronel Mauro Cid, apontando inconsistências em seus depoimentos, que teriam mudado diversas vezes ao longo do processo. Além disso, Vilardi citou que Cid teria criado um perfil falso no Instagram em nome de sua esposa, levantando dúvidas sobre a voluntariedade e veracidade de sua colaboração premiada. A defesa enfatizou que essas inconsistências comprometem a credibilidade do delator e, consequentemente, a validade das acusações contra Bolsonaro.

O caso ganhou repercussão nacional por levantar questionamentos sobre a legalidade das provas apresentadas e a conduta do processo. Especialistas jurídicos ressaltam que, caso se confirme a ausência de provas consistentes, o processo pode ser enfraquecido e até abrir precedentes para revisão de procedimentos em casos futuros. A situação evidencia, segundo a defesa, a importância de garantir o respeito ao devido processo legal e à ampla defesa, previstos no artigo 5º da Constituição Federal.

Além disso, Vilardi afirmou que a defesa continuará solicitando acesso integral ao conjunto probatório e reforçou que o ex-presidente permanece disponível para esclarecer quaisquer pontos, confiando que o STF analisará o caso de forma objetiva e imparcial. As declarações refletem a estratégia da defesa de desqualificar as provas e evidenciar falhas no procedimento do inquérito, mantendo o foco na ausência de elementos concretos que justifiquem medidas judiciais contra Bolsonaro.

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