A Seleção Brasileira garantiu sua vaga na Copa do Mundo de 2026, mas o desempenho foi tudo menos memorável: encerramos as Eliminatórias com o mais fraco aproveitamento já registrado — um verdadeiro desastre estatístico para os padrões da Canarinho.
Resultado decisivo
No duelo final, o Brasil foi derrotado pela Bolívia em El Alto, terminando em quinto lugar com apenas 28 pontos e 51% de aproveitamento — números que marcam o ciclo como o pior desde o formato de pontos corridos foi implementado, ainda em 1996.
Quebra de antigas marcas
O revés incluiu derrotas históricas: a goleada por 4 a 1 para a Argentina foi a maior sofrida em Eliminatórias, e pela primeira vez a Seleção foi batida em casa.
Campanha instável
O Brasil viveu um ciclo tumultuado, alternando três treinadores — Fernando Diniz, Dorival Júnior e Carlo Ancelotti — o que refletiu no campo: apenas 8 vitórias, 4 empates e 4 derrotas em 16 jogos.
“De positivo no jogo de hoje, vi o esforço do time, dos jogadores, porque é muito difícil jogar aqui. Isso já se sabia. Os jogadores fizeram um esforço tremendo, o jogo foi muito complicado, difícil. Pelo componente técnico, pelo componente físico”, Carlo Ancelotti afirmou em sua analise como treinador da Seleção e na sua estreia em jogos decisivos.
Nosso olhar — o que isso significa
Essa campanha é um prato amargo para quem acompanha o futebol brasileiro: o que deveria ser um caminho natural rumo ao Mundial virou um teste de resistência institucional. Santa coerência tática, agora resta a reconstrução.
Mesmo assim, a Seleção seguirá como cabeça de chave na Copa do Mundo, por conta de sua posição no ranking da Fifa — um respiro em meio ao caos coletivo.
Mas não se iluda: esse ciclo deixou cicatrizes que o torcedor goiano sabe bem — viradas viram reencontro com frustração. O que se espera agora é que Ancelotti tenha tempo e ambiente para retomar o pulso da Seleção. E que o futebol brasileiro, sobretudo no estado de Goiás, entenda a urgência de uma reconstrução que respeite a história, mas não repita os mesmos erros.
