A presença feminina na indústria de Goiás registrou crescimento de quase 400% nas contratações em julho de 2024, segundo o IEL Goiás. Profissionais como Hortência Maria Alves, operadora de máquinas pesadas em Goianésia, e Fernanda Castro, gerente de exportação, ilustram essa transformação. A Jalles Machado, onde trabalham, foi eleita a usina que mais emprega mulheres no Brasil.
A qualificação é um fator crucial nessa ascensão. Na Faculdade Senai Fatesg, em Goiânia, a participação feminina em cursos de tecnologia saltou de 16,2% para 26,9% entre 2022 e 2025. Mulheres como Maxlene Lopes, coordenadora de produção na GSA Alimentos com 35 anos de experiência, demonstram como a formação técnica abre portas para cargos de liderança.
Apesar dos avanços, desafios persistem: mulheres ocupam apenas 29,6% dos empregos formais na indústria nacional e menos de 30% dos cargos de comando. Lorena Blanco, da Fieg, defende políticas de equidade mais efetivas nas empresas. O rendimento médio das goianas atingiu R$ 2.730 no último trimestre de 2024, maior valor da série histórica.
Empresas como o Laboratório Teuto, em Anápolis, mantêm quadros quase equilibrados (47,31% de mulheres). A Fieg promove ações práticas como workshops e parcerias com instituições de ensino para fortalecer a inclusão. O cenário aponta para uma indústria goiana em transformação, com mais espaço para o talento feminino.