Apesar dos esforços do comércio goiano em flexibilizar pagamentos, a inadimplência no estado registrou alta de 9,66% em agosto de 2025 na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Os dados são do SPC Brasil e refletem a dificuldade de consumidores endividados, mesmo com a oferta de descontos em multas e juros. Atualmente, 42,9% da população adulta de Goiás possui contas em atraso.
De acordo com a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Goiás (FCDL-GO), as lojas estão seguindo recomendações para recuperar créditos, como cobranças precoces e abordagens específicas. No entanto, a estratégia tem encontrado barreiras devido aos efeitos das altas taxas de juros na economia, que comprometem o orçamento familiar.
O presidente da FCDL-GO, Valdir Ribeiro, comenta que o consumidor negocia dívidas em feirões, mas prioriza gastos essenciais, como alimentação e custos fixos. Ele incentiva que os acordos sejam feitos gradualmente, começando pelas dívidas com os juros mais altos. Em agosto, a dívida média por goiano negativado era de R$ 5.210,77.
Os bancos são os maiores credores das dívidas em Goiás, responsáveis por 62,03% do total. O comércio aparece em segundo lugar, com 11,55% das dívidas, seguido por outros segmentos (10,79%), concessionárias de água e luz (8,84%) e empresas de comunicação (6,79%).