Durante entrevista ao programa Os Pingos Nos Is, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) apresentou uma avaliação minuciosa do cenário político para as eleições de 2026 e defendeu que a disputa pelo Senado Federal deve ser tratada como prioridade pela direita.
Segundo ele, apesar da forte visibilidade dos atritos institucionais, há uma convergência sólida de pautas entre lideranças do campo conservador, especialmente no que diz respeito à defesa da liberdade de expressão.
Eduardo argumentou que a liberdade é o eixo central da agenda política e o fundamento de qualquer sociedade democrática. Em sua visão, sem liberdade de expressão não é possível fiscalizar o poder, aprimorar o sistema político ou garantir que novas ideias tenham espaço.
O parlamentar citou a Jovem Pan como um exemplo emblemático, afirmando que a emissora se tornou alvo de ações que, segundo ele, buscariam restringir vozes críticas ao governo e às instituições dominantes.
Ao longo da entrevista, Eduardo destacou que opositores recorreram a uma “estratégia de rotulagem” — utilizando termos como nazista, misógino, xenófobo e sexista — para descredibilizar adversários ideológicos. No entanto, segundo o deputado, como essa abordagem não produziu os efeitos esperados, grupos políticos teriam passado a insistir em mecanismos de censura e controle de conteúdo, afetando diretamente o trabalho da imprensa independente.
No ponto mais incisivo da conversa, Eduardo Bolsonaro voltou sua atenção ao Supremo Tribunal Federal, especialmente ao ministro Alexandre de Moraes, a quem atribuiu condutas que extrapolariam limites institucionais. Segundo ele, o ministro interfere em áreas que deveriam ser responsabilidade exclusiva do Executivo e do Legislativo, citando como exemplo decisões recentes envolvendo a segurança pública do Rio de Janeiro. Para Eduardo, esse tipo de atuação coloca em risco o equilíbrio entre os Poderes.
O deputado defendeu que o Senado precisa eleger parlamentares dispostos a enfrentar questões sensíveis, inclusive processos de impeachment de ministros da alta cúpula do Judiciário. Para ele, a renovação do Senado em 2026 é estratégica: “O Senado tem que dar o recado, elegendo pessoas com coragem para votar favoravelmente ao impeachment do Alexandre de Moraes”, declarou.
Eduardo afirmou ainda que, se ministros considerados ativistas continuarem no Supremo, qualquer avanço legislativo corre o risco de ser anulado, esvaziando o papel dos representantes eleitos. Em sua avaliação, isso torna as eleições para o Senado “mais importantes até do que a própria disputa presidencial”, uma vez que cabe à Casa aprovar projetos estruturantes, sabatinar autoridades e assegurar limites institucionais.
A análise do parlamentar insere-se em um momento em que a direita reorganiza estratégias para 2026, debatendo alianças, prioridades e nomes competitivos para o Senado em diversos estados. Para Eduardo Bolsonaro, esse será o ponto decisivo para “reconfigurar as relações de poder em Brasília” e restabelecer o que ele considera o equilíbrio constitucional entre as instituições.




























