Cerca de 37% da população brasileira acima de 50 anos convive com dores crônicas, segundo dados do Ministério da Saúde. Diferente da dor aguda, a crônica é considerada uma doença que exige investigação e tratamento multidisciplinar. A confeiteira Roberta Sandes, 53, relata como a fibromialgia afeta sua rotina: “Dói tudo! Ficar cansada todos os dias é muito difícil”.
A médica Mércia de Sousa, especialista em Medicina da Dor, explica que a cronicidade depende tanto dos cuidados quanto da patologia. “Pacientes com fibromialgia sentem dores com maior intensidade devido à alteração na modulação da dor no corpo”. O aspecto emocional é igualmente relevante, com muitos pacientes desenvolvendo depressão devido às limitações impostas pela dor.
O tratamento ideal envolve abordagem multiprofissional com médico da dor, fisioterapeuta, psicólogo e acupunturista. Terapias integrativas como musicoterapia e meditação, combinadas com acolhimento emocional, são fundamentais para o controle da dor crônica. O apoio social mostra-se tão importante quanto as intervenções médicas no manejo dessas condições.
