O uso prolongado de celular está causando uma epidemia de problemas posturais em Goiás. A má postura ao utilizar o aparelho pode levar a dores nas costas, deformações na coluna e danos musculoesqueléticos. O Brasil é o segundo país no ranking mundial de tempo de uso de telas, com média diária que chega a nove horas, agravando o cenário.
O neurocirurgião goiano Túlio Rocha alerta para a “síndrome do pescoço de texto” (text neck), causada pela inclinação da cabeça para baixo. Esta postura sobrecarrega a coluna cervical: uma cabeça de 5 kg pode exercer pressão de até 27 kg sobre as vértebras quando inclinada a 60 graus, causando dores, rigidez e até hérnias de disco.
Estudos mostram que seis em cada dez crianças e adolescentes adotam posturas inadequadas, impulsionadas pelo uso de eletrônicos. Esses vícios posturais na infância resultam em problemas como escoliose e hipercifose na vida adulta. A OMS estima que 80% da população mundial terá dores na coluna, com a Fiocruz apontando que 36% dos brasileiros já sofrem com dores crônicas.
Para prevenir os danos, especialistas recomendam manter o celular na altura dos olhos, fazer pausas a cada 20-30 minutos e alongar a região do pescoço e ombros. Fortalecer a musculatura do core e evitar usar o aparelho deitado são outras medidas essenciais para proteger a coluna vertebral dos goianos.




























