Apagão Global Pode Ser o Próximo Cisne Negro

Por anos, a humanidade viveu sob a falsa impressão de que a internet e a energia elétrica são recursos praticamente infalíveis. Mas, como alertam cientistas, essa sensação de segurança pode ser ilusória — e o risco de um apagão global está mais próximo do que muitos imaginam.

De acordo com pesquisadores, há hoje um conjunto de fatores que, somados, formam um verdadeiro barril de pólvora: aumento das tempestades solares, vulnerabilidade das redes elétricas e crescente dependência de sistemas digitais para absolutamente tudo — de transações bancárias a abastecimento de hospitais. Um evento extremo, mesmo que improvável, poderia provocar um colapso temporário, mas devastador, das comunicações e da infraestrutura elétrica mundial.

É o que chamamos de evento do tipo cisne negro — raro, imprevisível, mas com impacto catastrófico”, explica o físico Marcelo Gleiser, citado. O conceito, popularizado pelo ensaísta Nassim Nicholas Taleb, descreve acontecimentos que pegam governos e sociedades de surpresa, mudando drasticamente o rumo da história.

Estudos da NASA e da NOAA (agência climática dos EUA) mostram que o Sol está entrando em um período de maior atividade, aumentando o risco de tempestades geomagnéticas capazes de sobrecarregar transformadores, derrubar redes de energia e, em casos extremos, “desligar” satélites de comunicação.

Em um cenário desses, não seria apenas a internet que cairia: sistemas de GPS, telecomunicações militares, bolsas de valores e até redes de abastecimento de água poderiam parar de funcionar. Em outras palavras, o mundo experimentaria um silêncio digital sem precedentes.

A interrupção do fornecimento de energia e internet teria efeitos em cascata. Bancos poderiam ficar sem acesso a sistemas de compensação, governos perderiam a capacidade de coordenar respostas emergenciais e até cadeias de produção de alimentos poderiam ser interrompidas. “Um blecaute global de dias ou semanas significaria uma crise econômica comparável à da Grande Depressão, mas em escala planetária”, afirma o relatório do Centro de Estudos de Riscos Sistêmicos da Universidade de Cambridge.

Cientistas e especialistas em cibersegurança pedem que governos e empresas adotem planos de contingência, incluindo backup offline de dados críticos, modernização das redes de transmissão de energia e protocolos de emergência para hospitais e serviços essenciais. O que chama atenção é a baixa percepção pública sobre o problema. Enquanto se discute inteligência artificial, guerras e eleições, pouco se fala sobre a fragilidade estrutural de sistemas que sustentam o mundo moderno.

A possibilidade de um apagão global é um lembrete de que a civilização digital é muito mais vulnerável do que parece. Tal evento não seria apenas um transtorno tecnológico — seria uma crise civilizatória. A pergunta que fica é: estamos preparados para viver, mesmo que por alguns dias, em um mundo sem luz e sem internet?

Marcado:

Siga nossas Redes Sociais

Entre em nosso Grupo no Whatsapp

Após a primeira aparição pública de Zé Felipe e Ana Castela em clima de romance, nesta segunda-feira (29), quem também chamou a atenção nas redes sociais foi a influenciadora e empresária Virginia Fonseca. Ex-esposa do cantor, Virginia publicou uma mensagem enaltecendo o papel dos filhos em sua vida, gesto que muitos internautas interpretaram como uma...

Veja Mais Notícias