Empresário relata experiências traumáticas com o crime e critica a romantização da criminalidade, pedindo coerência no debate sobre segurança pública e presença efetiva do Estado nas comunidades.
Um empresário fez um pronunciamento contundente nas redes sociais, no qual expôs, em tom de desabafo, sua visão sobre a violência que assola o país e a contradição de setores da sociedade que criticam as operações policiais em comunidades dominadas por facções criminosas. Com forte carga emocional, ele relatou vivências pessoais marcadas por assaltos, ameaças e até um sequestro relâmpago, afirmando conhecer de forma direta e dolorosa a realidade da insegurança que afeta milhares de brasileiros.
Em seu relato, o empresário narrou ter tido seu escritório invadido em diversas ocasiões, chegando a ser rendido sob a mira de armas e amarrado dentro de um veículo. “Eu já tive arma apontada para mim várias vezes. Já fui sequestrado, ferido e quase levado a um cativeiro. Sei muito bem o que é viver sob a sombra da violência”, afirmou, acrescentando que apenas a fé e o equilíbrio mental o ajudaram a superar os traumas desses episódios.
Ele revelou ainda que cogitou encerrar as atividades de sua empresa em razão da insegurança, o que teria resultado na demissão de funcionários e prejuízos para a economia local. “Quase fechei meu escritório. Isso teria deixado várias pessoas desempregadas e prejudicado a economia do nosso estado”, destacou, lembrando que o crime não impacta apenas as vítimas diretas, mas toda a estrutura produtiva da sociedade.
Durante o desabafo, o empresário criticou o que chamou de “hipocrisia” daqueles que, segundo ele, romantizam a criminalidade e tratam criminosos como vítimas. Para ele, as favelas não devem ser vistas como espaços de complacência com o crime, mas como locais onde cidadãos comuns — trabalhadores, pais e mães de família — sofrem diariamente sob o domínio de traficantes e milicianos.
“Os moradores das favelas vivem à mercê dos bandidos, das leis do tráfico e das milícias. Eles querem a presença da polícia porque querem viver em paz, sem medo de ver suas filhas ameaçadas ou seus comércios extorquidos”, declarou.
O empresário defendeu que o Estado assuma seu papel nas comunidades, garantindo segurança e oportunidades, em vez de permitir que essas áreas se tornem zonas de exclusão onde o poder público não entra.
“Os moradores das favelas merecem paz, merecem qualidade de vida. O Estado precisa estar por eles, não ausente. Não defendam o crime — defendam a vida”, concluiu.
O vídeo do desabafo rapidamente se espalhou nas redes sociais, recebendo apoio de internautas que se identificaram com as palavras do empresário e elogiaram sua coragem em abordar um tema sensível com franqueza e emoção. O episódio reacendeu o debate sobre o papel do Estado, a segurança pública e os limites da atuação policial em regiões dominadas pelo crime organizado.




























