O endividamento das famílias brasileiras atingiu patamares históricos em 2025, trazendo à tona um cenário de preocupação crescente para a economia doméstica e para os analistas do setor financeiro.
Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), 30,5% das famílias estavam com contas em atraso em setembro, marcando o maior índice já registrado desde o início da série histórica do levantamento.
O estudo revela que a situação das famílias inadimplentes é ainda mais crítica do que aparenta: quase metade delas (48,7%) acumula atrasos superiores a 90 dias, um indicador que evidencia dificuldades persistentes no cumprimento de obrigações financeiras. Além disso, 13% dos entrevistados afirmaram não ter condições de quitar seus débitos, outro recorde histórico apontado pela pesquisa.
O aumento da inadimplência ocorre em meio a um contexto de juros elevados e renda familiar pressionada, com cerca de um terço do rendimento comprometido com dívidas. Especialistas apontam que essa combinação cria um ciclo perigoso: a incapacidade de pagar obrigações gera juros adicionais e multas, elevando ainda mais o peso do endividamento.
Diversos veículos de opinião já vinham alertando para essa tendência, observando que o governo atual não conseguiu frear o crescimento das dívidas das famílias, que hoje enfrentam dificuldade crescente para manter as contas em dia.
O panorama sugere que medidas de alívio financeiro e políticas de crédito responsável serão essenciais para evitar que a inadimplência continue em trajetória ascendente. O cenário, além de impactar diretamente a qualidade de vida das famílias, pode trazer efeitos negativos para o comércio e para o mercado financeiro, refletindo-se na confiança do consumidor e na dinâmica econômica do país.




























