No último 7 de setembro, Goiânia foi palco de duas manifestações que refletiram o atual cenário político do Brasil e, em especial, o perfil ideológico de Goiás.
De um lado, ocorreu a 31ª edição do Grito dos Excluídos e Excluídas, tradicional ato organizado por movimentos sociais. Do outro, a mobilização “Reaja, Brasil!”, de perfil conservador, levou milhares de pessoas às ruas da capital.
Grito dos Excluídos
O Grito dos Excluídos concentrou-se às 8h30 na Estação Ferroviária (Praça do Trabalhador) e percorreu áreas centrais da cidade, com previsão de encerramento ao meio-dia. A organização afirmou ter reunido cerca de 2 mil pessoas, com bandeiras voltadas a soberania nacional, inclusão social e combate às desigualdades. No entanto, registros visuais indicam um público consideravelmente menor, mostrando dificuldades do movimento em mobilizar a população local.
Reaja, Brasil!
O ato “Reaja, Brasil!” começou às 9h na Praça do Sol e seguiu em caminhada até a região da Praça do Ratinho, reunindo milhares de participantes. Articulado por lideranças conservadoras e partidos políticos, o movimento defendeu pautas como liberdade, anistia aos condenados de 8 de janeiro e apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Diferentemente da manifestação de esquerda, as imagens mostram grande presença de público, refletindo forte engajamento popular.
O fator principal
Especialistas e analistas políticos apontam que o perfil conservador da população goiana é um fator determinante para a diferença de público entre os atos.
Enquanto movimentos de esquerda enfrentam dificuldade em mobilizar adesão expressiva, as pautas conservadoras encontram maior receptividade, traduzindo-se em multidões mais numerosas.
O contraste evidencia não apenas a polarização política, mas também a influência do contexto regional no engajamento social. Este 7 de setembro em Goiânia mostrou que, além de celebrar a Independência do Brasil, as ruas refletem o alinhamento ideológico predominante no estado e o fortalecimento de movimentos conservadores.
