Na noite de domingo, 7 de setembro de 2025, durante a 18 edição do FlashBack, no Setor Morada do Sol — região noroeste de Goiânia — o prefeito Sandro Mabel enfrentou um constrangimento público. Em meio ao seu discurso, as vaias e manifestações de insatisfação foram claras. O episódio evidencia o momento delicado da administração municipal, que vem sofrendo desgaste político recente.
A base política de Mabel, que outrora contava com apoio sólido, começa a mostrar rachaduras. Alianças com vereadores estariam se desfazendo, motivadas por frustrações com a restrição na distribuição de cargos comissionados. Desde o início da gestão, o prefeito tem deixado explícito que não pretende perpetuar “mamatas” típicas das gestões anteriores — adotando critérios técnicos rigorosos para nomeações, como entrevistas e análise de currículo.
Apesar disso, são muitos os trâmites tensionados. A Câmara ainda mantém quase o dobro de cargos comissionados — 1.505 — em comparação à Prefeitura, que tem 758, o que já era motivo de críticas antes da atual crise. Além disso, há sinais claros de insatisfação crescente: vereadores articulam a abertura de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar o contrato com a empresa de limpeza urbana Limpa Gyn — uma iniciativa que reúne 16 assinaturas, incluindo de membros da base aliada.
Somam-se a isso que a administração precisou avançar com medidas de contenção, anunciando a redução de 50% dos cargos comissionados já a partir de 2025, em conjunto com uma reforma administrativa e decreto de calamidade para corte de gastos.
Até o momento, o prefeito ainda não divulgou posicionamento sobre o que houve durante o evento FlashBack.